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O Gajo das Riscas

O 'stream' da televisão portuguesa

por O Gajo das Riscas, em 09.11.15

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Ponto prévio: desde que a TDT chegou a Portugal, deixei de ter televisão em casa. Ou melhor: deixei de ter sinal. Comprei um disco rígido, com 1TB de memória, e vou vendo as séries que quero, os filmes que quero, à hora de quero. Na prática, um Netflix próprio e sem custos.

 

Se sou pirata? Não, apenas usufruo dos serviços que me são colocados facilmente à disposição. Tudo isto para dizer que, este fim-de-semana, fui visitar os meus pais. Dois dias em casa deles e, à noite, resolvi ligar a televisão e fazer um zapping. Deparei-me com um filme interessante, que ia começar daí a minutos, num dos quatro canais da nossa grelha geral.

 

Ora, não sendo eu um habitual telespectador, comecei a perceber a nova moda: intervalos curtíssimos, com tempo controlado, em contagem descrescente visível no ecrã. Pensei para comigo: «Isto é uma ideia genial de marketing. Prende as pessoas ao ecrã, porque o intervalo é tão curto que não dá tempo para nada, e faz com que todos os anúncios sejam efetivamente vistos e ouvidos pelo telespectador.»

 

O pior veio depois: além desses intervalos curtos, incrivelmente repetitivos, percebi que os outros, de 15 ou 20 minutos (estou a ser simpático), continuam a existir. Basicamente, acrescentaram ainda mais tempo de publicidade a quebrar os programas - neste caso, um filme.

 

Em termos práticos, um filme que vejo em 90 minutos, à hora que quero, quando quero, com as pausas que quero, passa a demorar pelo menos duas horas num qualquer canal português. Vantagem? Nenhuma.

 

Quando cheguei a meio do filme... desisti. Desliguei a televisão. Não aguentei mais as quebras. E adivinhem? Senti-me, aí sim, um pirata. Porquê? Porque me senti um 'Inácio', ou seja, uma pessoa que apanha o sinal dos canais pela internet, através de streams ilegais, e que não raras vezes vê a imagem parar devido ao fluxo de tráfego - o chamado 'buffering', para os menos leigos. A quantidade de vezes que o filme sofre quebras, fez-me mesmo sentir como um 'Inácio' a querer ver um jogo de futebol, através de um stream ilegal, com constantes quebras.

Vale (quase) tudo?

por O Gajo das Riscas, em 28.10.15

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É um dos assuntos desta quarta-feira, primeiro dia d'O GAJO DAS RISCAS. Um dia destes falarei do 'Correio da Manhã' e, neste caso, da Ogilvy. Sim, porque a genialidade não foi de quem, até agora, achava que tudo podia fazer. Um dia destes ok? Não posso colocar a fasquia muito alta em número de posts diários porque já sei que depois... não cumpro.