Lisboa, (um estaleiro) para inglês ver
Dizia-me hoje um amigo: "Se eu apanho o Medina, enfio-o no meu Corsa e desafio-o para fazer Lisboa de uma ponta a outra como eu tenho de fazer todos os dias."
Eu sorri. Para não falar ainda mais do que tenho falado, inclusivamente aqui no blogue.
E continuou o meu amigo: "Basicamente, ele tirou faixas de rodagem para fazer jardins e, as que ficaram, têm metade do tamanho." Totalmente verdade.
Medina, de resto, e sei eu de fonte segura (inchem, jornalistas de primeira), já foi mesmo questionado sobre a legalidade da largura das faixas de rodagem, nomeadamente para a passagem de veículos prioritários, sejam eles ambulâncias ou camiões dos bombeiros. Eu estou tentado a apostar: NÃO PASSAM.
Alcatrão, muito alcatrão novinho em folha na cidade. A maioria, porém, mal colocado (à pressa, claro, mas depois de várias semanas de ter sido arrancado o antigo - imaginem passar, por exemplo, de mota numa estrada com alcatrão arrancado. Não o façam!) E jardins, muitos jardins. Todos eles feios, digo eu, todos eles ainda sem iluminação, pelo menos a minimamente exigível para uma cidade que se diz capital do país.
E, com tudo isto, é ver os turistas boquiabertos com o estaleiro em que se transformou Lisboa. Bem sei que 2016 deve ter batido vários recordes no que a número de dormidas nos hóteis diz respeito. Estou para ver o que nos reserva 2017. Uma coisa é certa: dificilmente quem aqui veio em 2016 vai voltar enquanto souber que as obras continuam.
Mas uma coisa é certa: todas elas acabarão em 2017. Ano de... eleições. Elementar. Nem que, para isso, Medina continue a distribuir os já famosos prémios aos empreiteiros que terminaram a obra antes do previsto. Bravo!