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O Gajo das Riscas

Vem aí o Ano Novo

por O Gajo das Riscas, em 28.12.16

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Recordo com saudade a ansiedade que tinha, quando era adolescente, da passagem de ano. Planos elaborados logo no verão, resoluções de ano novo, copos a mais, miúdas na conta certa, dia 1 perdido na cama como hábito.

 

Isso passou. Não sei se é de estar mais velho, de ter mudado de cidade, de ter um emprego desgastante mas... passar de dia 31 de dezembro para dia 1 de janeiro é sinónimo de... quase nada. Claro que já passei com amigos, já passei com familiares, já passei apenas e só com namorada. Este ano - e estamos a uma quarta-feira - ainda não decidi qual dos planos escolher. E nem estou preocupado com isso.

 

Agora, o que gosto mesmo da passagem de ano são... as resoluções das pessoas. Eu (já) não sou disso. Razão? Já tive tempo suficiente para perceber que não resulta. Nem com cuecas azuis. Deixar de fumar? Dou-te um mês... ou até à próxima saída à noite. Emagrecer? Paga só uma mensalidade de ginásio, não deites dinheiro à rua. Fazer poupança? Boa sorte, o subsídio de férias só chega no verão. 

 

Deixem-se disso. Eu, de resoluções, só tenho uma: tentar não errar uma única vez a escrever 201...7!!!!

A magia do (meu) Natal

por O Gajo das Riscas, em 20.12.16

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Imaginem o seguinte cenário: segunda-feira à noite, início da semana que culminará no Natal. Jantar com amigos. De repente, com uma diferença de alguns minutos, duas mensagens. A primeira chega à mesa: "Epá, já te comprei a prenda de Natal mas se não gostares podes trocar."

 

Antes mesmo do sentimento de "epá boa, uma prendinha", outro invade-me a alma: "O quê? Compraste-me uma prenda? Mas eu não tenho nada para ti", pensei eu, em silêncio enquanto esboçava um sorriso.

 

Segunda-feira à noite. Semana proibitiva para ir para centros comerciais. Semana complicada para compras online e entregas a tempo de ainda ir entregar-lhes a prenda a casa. Solução? Bom, enquanto pensava na solução, toca o telefone. Era a mãe. "Olha afinal vamos passar a noite de Natal a sítio x, com as pessoas y." 

 

Estão a ver o problema que surgiu ao jantar, de ter de comprar mais uma prenda? Multipliquem por... cinco. Quatro, vá.

 

O mais incrível é que eu vou arranjar uma solução para tudo isto. Ou várias, acrescento. Ainda dizem que não há magia no Natal.